domingo, 13 de fevereiro de 2011

À memória do nosso camarada Jorge Manuel Baião Henriques




Estivemos no passado domingo dia 6-02-2011 no cemitério de Baleizão, para te acompanharmos à tua ultima morada.


Ausentaste-te e eras bom, bom camarada, bom amigo e um bom ser humano.

O teu sorriso espelhava o sonho, o teu sonho, o nosso sonho, o sonho de uma geração que recebeu o tetemunho da luta revolucionária para transformar a vida, o País e o Mundo.

Desde muito jovem abraças-te a causa e deste o teu melhor em defesa dos valores de um Abril distante que sabias próximo do nosso Maio e da planicie florida dos campos de Catarina, onde ombro a ombro lutámos em defesa da Reforma Agrária e da dignidade deste povo forte, mas simples com quem muitas vezes também cantámos as modas das nossas gentes.

Foste militante obreiro e dirigente da Juventude Comunista Portuguesa a vanguarda revolucionária da juventude onde crescemos juntos e aprendemos a ser comunistas.

Firme, honesto, coerente e decidido continuaste a dar o teu contributo, como militante do partido, o nosso partido, o Partido Comunista Português, a causas como a Paz, os direitos dos trabalhadores, a cidadania, o internacionalismo proletário, o socialismo e o poder local democrático, onde diversas vezes foste eleito membro da Assembleia de Freguesia e da Junta de Freguesia da tua querida aldeia de Baleizão.

Ajudaste a passar o testemunho deste sonho que é o ideal comunista às gerações vindouras. Se nós vamos continuar?

- Claro, que outra atitude poderias esperar de nós. Vamos sentir a tua falta, mas vamos falar de ti aos outros, aos jovens principalmente e estamos certos que muitos acabarão por dar o passo em frente que os somará ao nosso ideal.

Descansa em Paz, foste muito cedo mas cumpriste e nós por tudo isto não te dizemos adeus. Dizemos-te até sempre ou melhor, até amanhã camarada, até amanhã Jorge.

Esta é uma simples homenagem que te prestamos com toda a justiça por ser merecida, onde te afirmamos que continuaremos a lutar pelo teu sonho, pelo nosso sonho, pelo sonho de milhões de seres humanos como tu.

                                  Maturidade

                   “(…) Hei-de subir mais alto que os mortais

                    Às montanhas olímpicas do sonho,

                    Ultrapassando as leis universais.

                    E a minha alma,

                    Há-de-se abrir também como uma flor,

                    Tão doce como os favos,

                    Tão alta como a dor,

                    Tão rubra como os cravos!”

                                                     Ary dos Santos


Por:
Um grupo de amigos e camaradas do Jorge, que tal como ele se “temperaram” na militância activa no final dos anos 70 e durante os anos 80, nas organizações do Distrito de Beja e do Alentejo na JCP, Juventude Comunista Portuguesa, e que se tem vindo a auto denominar de GERAÇÃO DE SONHOS