segunda-feira, 3 de maio de 2010

Mal tivémos forças para andar...

Mal tivemos forças para andar (parafraseando Manuel da Fonseca), pusemos pés ao caminho e iniciámos a jornada.
Foram de festa os primeiros passos dos primeiros tempos. Andava então ainda no ar o doce néctar da liberdade e nós absorvíamo-lo sofregamente. Era o tempo das primeiras coisas de todas as coisas primeiras, e foi assim, na uec no mjt e depois na ujc, dávamos largas ao fulgor próprio dos que haviam agora chegado à juventude e à liberdade. À vida.
Mas durou pouco essa festa. As bestas que havíamos conhecido, as mesmas que nos haviam negado o direito a ser jovem queriam, agora que o éramos, voltar a aniquilar-nos a esperança. E nós reagimos e saídos da festa fomos para as lutas, para as muitas lutas, nas quais, sempre que possível incluíamos as festas.
Já só sob uma bandeira, a da jcp, percorremos de lés a lés este Alentejo e caldeámos nesses percursos de cada um de nós, uma consciência que nem o tempo corrói e uma amizade que resistiu aos tempos.
Só ganhou barriguinhas.
Que nos preparamos para exibir dia 15.

2 comentários:

  1. Pois é camarada Santos, nesta já loga caminhada a juventude cruzou-se sempre com a poesia, como muito bem o demonstras aqui. Não uma poesia qualquer, mas a poesia de quem acreditou e continua acreditar que Abril é possivel e que a luta é o caminho, daí a importância de passar este sonho às gerações actais.

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  2. "A luta é atitude ante a vida e caminho do futuro"
    Álvaro Cunhal

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