
Há dias, num dos reencontros, perguntava-te o Frade : «e tu quantos moços tens?» e respondes-te: cento e quarenta e dois …mas já tive anos piores. Assim, sem a mais leve denuncia de ironia. E todos nos rimos à gargalhada. Uns por saberem claramente a que te referias, outros pelo absurdo da resposta.
À fraterna solidariedade que SEMPRE manifestas-te com os teus amigos e camaradas encontravas sempre espaço para acrescentar o mais sensível e recortado humor.
Recordo ainda a tua memória fresca. Quantas vezes não reconstitui episódios, personagens e canções graças a ela.
E na reconstituição das canções juntavas-lhe ainda a harmonia, de uma voz ritmada e estas ganhavam o som de hinos que juntos seguíamos.
E assim entoámos antes e agora, tantas vezes: «Jovens do vasto mundo, nós queremos um mundo de paz».
Hoje, ainda marcados pela despedida a Saramago, quando um turbilhão de ideias e emoções varriam o nosso ser, quando constatávamos da dimensão dos homens e confirmávamos quão grandes são aqueles que mesmo na morte são mais homens do que todas as miniaturas vivas, recebemos este soco que nos atordoa.
O Pedro, o Pedro Palma partiu.
Não poderemos mais contar com a sua refrescada memória.
Nem com as suas canções, o seu humor, a sua fraternidade, a sua entrega e dedicação.
Não poderá estar em Pias.
Mas deixa-nos e nós temos obrigação de honrar o seu testemunho e exemplo.
Morreu mais um HOMEM grande e um Grande CAMARADA.
Pois então, que todos nós entoemos o resto do hino e que entoemos neste verso: «Juntos da tumba sagrada, nossa jura solene repetimos»;
A luta continua.
Adeus Pedro.
Adeus camarada.
Santos! Deixei soltar umas lágrimas. Isto
ResponderEliminardiz-me que posso fazer das tuas as minhas palavras neste ADEUS CAMARADA.
Deviamos fazer os possíveis para estar todos presentes no funeral do PEDRO. O Santos e o Pica ficaram de nos dizer quando, a que horas e onde vai ser o funeral.